Com a chegada da primavera, que começa oficialmente nesta quinta-feira (23), aumentam os casos de alergias causadas pelo pólen das plantas. Nesta época do ano, fica mais comum as pessoas sofrerem crises de asma, rinite alérgica, conjuntivite, entre outros problemas. A saúde pode ser ainda mais afetada por causa do tempo seco e da variação de temperatura.
A primavera é um período de intensa florescência das árvores e polinização das plantas. Durante esse processo, os grãos de pólen, que são estruturas masculinas de reprodução, são levados até as partes femininas das flores por diversos meios. Alguns deles são o vento e os insetos.
Com isso, aumenta a quantidade desses grãos no ar. O pólen, assim, se torna um incômodo a mais para aqueles que já sofrem de alergias a outros elementos, como ácaros e fungos. Essas alergias são conhecidas como sazonais ou primaveris e costumam atingir mais os adolescentes e jovens adultos do que as crianças.
O pólen causa problemas respiratórios quando penetra nas vias nasais, provocando crises de asma e rinite alérgica, espirros em sucessão, coriza e congestão nasal. Algumas pessoas podem ter falta de ar e chiado no peito. Outro problema bastante comum provocado por esses grãos é a conjuntivite alérgica, que provoca coceira e vermelhidão nos olhos.
No entanto, a alergia ao pólen é mais comum em regiões com as estações do ano bem definidas. Esse é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, além de alguns da Europa. No Brasil, os maiores índices dessas alergias estão nos Estados da região Sul.
Os especialistas recomendam também uma boa limpeza da casa, em especial do quarto, onde as pessoas passam a maior parte do tempo. Além disso, é preciso fazer os testes para identificar o tipo de alergia que a pessoa sofre. O método mais usado é o teste cutâneo, no qual os extratos dos alérgenos suspeitos são colocados na pele do paciente para que o médico observe a reação desenvolvida no local. O segundo método são os exames laboratoriais realizados com o soro do paciente.
Por ter origem genética, não há como evitar o surgimento da alergia. Apesar, pode-se também diminuir o contato com os fatores desencadeantes de crises, como o pólen.
Além disso, a alergia da primavera não é um problema exclusivo de regiões com intensa vegetação. Segundo o médico Ricardo Zollner, especialista em Alergia e Imunologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os ventos fortes fazem com que as regiões urbanas também fiquem expostas ao pólen.
Zollner conta ainda que jardins e plantas ornamentais criadas em casa, além de árvores com floradas exuberantes, chamaram a atenção de especialistas brasileiros por também serem uma fonte dessas alergias, principalmente para os "pacientes com doença alérgica hereditária definida”.
FONTE: R7 NOTÍCIAS
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