Os alunos dos cursos de História e Direito da Universidade Regional Integrada (URI) de Santiago não terão mais as lições do professor Cléo Adriano Sabadi Bonotto, 29 anos. Depois de uma semana sem notícias, o docente foi encontrado morto dentro de seu carro, em uma matagal, às margens da BR-287, em Santiago, na manhã de sábado.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo do professor foi visto por um casal que caminhava na rodovia. O Ford KA, com placas de São Borja, estava no meio do mato, a cerca de 30 metros da via, na altura do km 384,2, na localidade de Vila Branca. Um levantamento preliminar da Polícia Civil aponta que o veículo seguia no sentido Santiago-Jaguari. Conforme a PRF, o carro caiu na ribanceira, capotou, bateu em várias árvores e ficou encoberto pela vegetação, o que dificultou a localização. Funcionários de uma empresa que fazia a manutenção da rodovia trabalharam no trecho durante a semana e não avistaram o veículo.
No carro de Bonotto, foi encontrada uma garrafa de bebida alcoólica, com cerca da metade do líquido. O professor teria sido visto pela última vez por volta das 23h do dia 3 de abril. A PRF acredita que o acidente deve ter ocorrido entre a noite do dia 3 (domingo) e madrugada do dia 4 (segunda-feira). Bonotto morava na localidade de Ernesto Alves e estaria indo para casa.
De acordo com o delegado Vladimir Medeiros, algumas pessoas já foram ouvidas e outras devem prestar depoimento hoje e amanhã. O delegado também aguarda os resultados da necropsia e da perícia feita no local, que devem ficar prontos em 30 dias, para concluir a investigação.
Bonotto foi sepultado no cemitério da localidade Ernesto Alves, na manhã de ontem. Colegas de trabalho e amigos foram se despedir. A URI decretou luto oficial de três dias e retoma suas atividades amanhã.
– Ele era uma pessoa muito engajada nas causas dos movimentos sociais no Estado. Ele dava a vida dele por isso – disse o amigo George Monteiro, 26 anos.
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