Depois de muita expectativa, está confirmado: o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado no dia 15 de dezembro, uma quarta-feira, às 13h. O anúncio foi feito ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A instituição divulgou que pelo menos 2.817 estudantes dos 3,3 milhões que fizeram a primeira prova farão o Enem novamente. O convênio Cespe-Cesgranrio, que aplicou as provas nos dias 6 e 7 de novembro, ainda está fazendo um pente-fino nas 116.626 atas dos locais de exames para identificar o número exato de pessoas que têm direito a uma segunda chance.
No último dia 6, os alunos prejudicados receberam um caderno de provas com questões faltando ou repetidas. No mesmo dia, diversos inscritos reclamaram que os cabeçalhos da folha de respostas estavam trocados. Para esses, o Ministério da Educação (MEC) abriu a possibilidade de solicitar a correção invertida do gabarito.
O Inep informa ainda que os alunos identificados serão comunicados por meio de e-mail, mensagem de celular e telefone. Eles receberão um novo cartão de confirmação e uma declaração de comparecimento para justificar eventual ausência ao trabalho ou escola por causa do Enem.
No novo exame, eles responderão apenas às questões das provas do primeiro dia – Ciências Humanas e Ciências da Natureza. As recomendações e normas de segurança são conhecidas: o aluno deve chegar ao local de prova uma hora antes do início do exame, portando caneta esferográfica preta, o novo cartão e um documento de identidade com foto.
O instituto não divulgou a data em que os novos locais de prova serão anunciados nem de onde são os alunos prejudicados.
O plano do MEC era aplicar a nova versão do exame em um dia que não prejudicasse os estudantes. Porém, estão marcadas para o mesmo dia a seleção de instituições conceituadas e concorridas, como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O MEC também não abriu chance para alunos que reclamaram dos erros no cartão-resposta.
Na Justiça – Os problemas no Enem deram início a uma chuva de liminares, que durou 15 dias e teve ares de guerra judicial. De um lado, o procurador federal cearense Oscar Costa Filho, que pediu – e viu acatadas – uma sequência de pedidos: a suspensão do Enem, o impedimento da divulgação de gabaritos e a liberação para que todos os que se julgassem lesados refizessem as provas.
Todas as liminares do Ministério Público Federal foram derrubadas na semana passada, a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).
Indenização – A batalha jurídica, que parecia ter tido uma trégua, ganhou fôlego. A Defensoria Pública da União do Rio anunciou que vai entrar com uma ação civil pública para pedir indenização de um salário mínimo para os estudantes prejudicados com as falhas no Enem. A ação deve ser protocolada na semana que vem.
FONTE: DIÁRIO DE SANTA MARIA
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