O MEC (Ministério da Educação) vai apurar de que maneira informações sobre inscritos ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) dos anos de 2007, 2008 e 2009 ficaram disponíveis na internet. Era possível acessar os número de CPF (Cadastro de Pessoa Física), RG e de inscrição, além do nome da mãe de candidatos inscritos nos anos de 2007, 2008 e 2009.
Essas informações foram retiradas do ar por volta das 17h da terça-feira (3). O MEC foi avisado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre o problema.
O banco de dados é de responsabilidade do Inep, autarquia da ministério responsável pelo Enem. O acesso a essas informações deveria ser restrito às instituições de ensino superior interessadas em utilizar a nota dos inscritos para processos de seleção e vestibulares. Os dados deveriam estar protegidos pela exigência de uma senha das faculdades e universidades.
Segundo a assessoria de imprensa do MEC, um usuário comum dos sites do Inep não chegaria a essas informações facilmente. Apenas quem soubesse como fazer uso técnico desses dados conseguiria acessá-los, caso de escolas e faculdades. Segundo texto do jornal O Estado de São Paulo, a equipe foi informada por técnicos de uma escola de 1º e 2º graus da Grande São Paulo.
Segundo informações obtidas pelo UOL, o MEC vai apurar de que maneira essas informações ficaram acessíveis sem que fosse pedido o login e a senha do usuário.
Antecedentes:
Esse é mais um incidente na trajetória do novo Enem, que se tornou prova para ingresso em faculdades e institutos federais no ano passado. Anteriormente, o exame era utilizado como avaliação do desempenho individual e como parâmetro de seleção para o Prouni, programa de concessão de bolsas do governo federal.
O furto dos cadernos de prova do Enem foi descoberto dias antes da data prevista para a aplicação da prova. O calendário teve de ser alterado - e o exame, que seria no começo de outubro, foi transferido para o início de dezembro. Mais de 1,5 milhão de inscritos faltaram ao primeiro dia do Enem em 5 de dezembro. O gabarito da prova foi divulgado com as letras das respostas embaralhadas -- o Inep identificou o erro e publicou novo gabarito com retificações.
Também apresentou problemas o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), sistema em que os interessados escolhem as vagas em universidades e institutos federais. Houve muita sobra de vagas entre as chamadas -- o que levou o MEC a mudar as regras antes mesmo de terminar o processo de seleção para o primeiro semestre de 2010.
O MEC alterou o resultado da lista de espera do Sisu que havia sido divulgada em 14 de março. Com isso, estudantes que constavam como aprovados, verificaram posteriormente que não haviam passado. Segundo o MEC, 100% dos problemas foram resolvidos posteriormente.
FONTE: Redação de São Paulo
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