O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves passou a primeira noite preso na penitenciária Tremembé, a 147 km de São Paulo. Ele está em Regime de Observação e só pode receber a visita do seu advogado.
O jornalista chegou à penitenciária de Tremembé por volta das 15h20 de quarta-feira (25). No local, estão outros presos detidos por casos de grande repercussão, como Alexandre Nardoni, Lindemberg Alves e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva.
Pimenta Neves se entregou às autoridades na noite de terça-feira (24), e, então, foi levado para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na região central, por volta das 20h30, e movido para o 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, no fim da noite, onde, segundo policiais, passou a madrugada inteira acordado.
De acordo com informações da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), após o período de regime de observação, ele ficará na cela com outros quatro presos. O banho na cela é frio.
A secretaria informou ainda que o jornalista usará um uniforme da cor cáqui e não receberá tratamento diferenciado dos outros presos. Apesar de dividir a cela com mais quatro pessoas, o local, com três beliches, acomoda até seis detentos. O espaço mede 4x4.
Além disso, ele poderá ver televisão no local. O aparelho fica na cela e não tem restrição de horário. A SAP afimou que existe um banheiro coletivo com banho quente, porém é necessário uma prescrição médica.
Na tarde de terça-feira (24), a 2ª turma do STF determinou a prisão imediata do jornalista, condenado pela morte da também jornalista Sandra Gomide. A decisão foi unânime entre os cinco ministros que apreciaram a questão, segundo nota do Supremo.
Segundo o delegado Milanese, da Divisão de Captura, o mandado de prisão de Pimenta Neves foi expedido pelo juiz de Ibiúna, responsável pelo caso, só no final desta noite. Por causa disso, a polícia tinha ido até a casa do jornalista apenas para vigiá-lo, e não podia invadir o local. Os policiais apertaram a campainha e foi iniciativa de Pimenta Neves abrir a porta e os receber.
Relembre o caso
Sandra foi morta no dia 20 de agosto de 2000, no Haras Setti, em Ibiúna, cidade a 64 km de São Paulo. Na época, Pimenta Neves era diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo. Sandra também trabalhava no jornal, como repórter e editora do caderno de Economia. Ela foi demitida um mês antes do crime.
Eles namoraram por quatro anos, mas ela terminou o relacionamento semanas antes do assassinato.
Réu confesso do assassinato, Neves foi condenado a passar 19,2 anos na cadeia, mas teve a pena reduzida para 15 anos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, ele cumpriu apenas sete meses de prisão e, em 2007, ficou novamente livre devido a uma outra decisão do STJ.
FONTE: R7
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